Maior desafio: a luta em defesa do piso salarial



Educação e desenvolvimento precisam ser prioridades de forma concreta

Tecendo a manhã
João Cabral de Melo Neto

Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que amanha, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendo para todos, no toldo
(a manhã), que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, ele eleva por si: luz do balão.


sábado, 21 de março de 2009

Greve dos petroleiros começa nesta segunda-feira (23)

20/03/2009
Os trabalhadores do Sistema Petrobrás entram em greve a partir do primeiro minuto de segunda-feira, 23. A paralisação foi aprovada em todas as bases do país e deverá durar cinco dias, com parada de produção e reavaliação do movimento no quinto dia. Além dos trabalhadores dos 11 sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP), a greve contará com a adesão das bases dos sindicatos do Rio Grande do Sul, Litoral Paulista, São José dos Campos, Rio de Janeiro e Sergipe/Alagoas. Os petroleiros terceirizados que prestam serviço para a Petrobrás também se somarão ao primeiro dia do movimento (23/03), parando por 24 horas suas atividades. A greve unificada é uma resposta da categoria aos ataques que tem sofrido sob a justificativa da crise financeira internacional. Tanto a Petrobrás quanto as suas prestadoras de serviço têm cortado e flexibilizado uma série de direitos dos trabalhadores, recusando-se a avançar nas negociações com a FUP e sindicatos. A FUP não aceita reduções de direitos em nome de uma crise do sistema financeiro internacional cujo ônus as empresas estão impondo aos trabalhadores. As centrais sindicais também têm sido enfáticas nesta luta: a classe trabalhadora não pagará pela crise! Precarização na contramão da segurança A luta dos petroleiros por condições seguras de trabalho é um dos eixos principais da greve que está sendo aprovada pela categoria. Os cortes e flexibilização de direitos por parte das empresas aumentam ainda mais os riscos de acidentes, cujas principais vítimas têm sido os trabalhadores terceirizados. Mais de 80% das mortes por acidentes de trabalho no Sistema Petrobrás foram com prestadores de serviço. Desde 2000, já ocorreram na empresa 165 óbitos de petroleiros, dos quais 134 eram terceirizados e 31, trabalhadores diretos da Petrobrás. A FUP e seus sindicatos vêm cobrando sistematicamente mudanças estruturais na forma como a empresa lida com a saúde e segurança do trabalhador. As reduções de custo feitas recentemente pela empresa expõem mais ainda a categoria a riscos. EIXOS DE LUTA DA GREVE DOS PETROLEIROS: PRESERVAR OS POSTOS DE TRABALHO NAS EMPRESAS CONTRATADAS PELA PETROBRÁS; ACABAR COM A PRECARIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO E OS ACIDENTES QUE MATAM TODOS OS MESES OS PETROLEIROS; GARANTIR O PAGAMENTO DAS HORAS EXTRAS DOS FERIADOS TRABALHADOS;ESTABELECER O REGRAMENTO E DISTRIBUIÇÃO JUSTA DA PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS. Contatos para maiores informações: João Antônio de Moraes (coordenador da FUP) – 21-7674-1786; Marlúzio Ferreira (diretor de Comunicação da FUP) – 21-7672-8168 Alessandra Murteira (assessora de imprensa da FUP) – 21-7672-8163 (Fonte: FUP)

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