Maior desafio: a luta em defesa do piso salarial



Educação e desenvolvimento precisam ser prioridades de forma concreta

Tecendo a manhã
João Cabral de Melo Neto

Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que amanha, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendo para todos, no toldo
(a manhã), que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, ele eleva por si: luz do balão.


sábado, 18 de abril de 2009

Salários também precisam crescer

O crescimento do percentual de investimento do PIB em educação é importante fator de melhoria da qualidade da educação no país. Mas esse crescimento precisa possibilitar a melhoria salarial e valorização dos profissionais da educação.

A greve de 24 de abril, pela implementação do Piso Salarial Nacional deve ter como foco o acréscimo nos valores dos nossos salários. Pela Lei de proporcionalidade do Piso Salarial em relação a carga horária, os Governos não são obrigados a melhorar os salários da educação.

Foi o que aconteceu no RN. A categoria saiu de uma greve revoltada com uma proposta na qual a melhoria salarial é inexistente ou insignificante.

É inegável que o salário, aliado a outros fatores como condições de trabalho, formação, projeto político pedagógico, gestão democrática e outros é o caminho para alcançar a educação de qualidade. Não tem mistério. Falta decisão política.

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