Maior desafio: a luta em defesa do piso salarial



Educação e desenvolvimento precisam ser prioridades de forma concreta

Tecendo a manhã
João Cabral de Melo Neto

Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que amanha, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendo para todos, no toldo
(a manhã), que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, ele eleva por si: luz do balão.


terça-feira, 25 de novembro de 2008

Encontro destaca a crise do capitalismo

O 10º Encontro se realizou em meio a uma grave crise do capitalismo, tema que freqüentou o conjunto das intervenções. Elas ressaltaram, como ponto comum, a natureza estrutural e sistêmica da crise, fenômeno próprio do desenvolvimento capitalista, que foi intensificado pela financeirização neoliberal que marcou o capitalismo nas últimas décadas. A crise atual demonstra a completa falência e o colapso do neoliberalismo. Mas não representa o fim automático do capitalismo; ao contrário, as burguesias dos países centrais tratam de pôr em marcha uma operação de “salvação” do capitalismo. Tais medidas não darão um rumo virtuoso ao sistema; pelo contrário, visam fazer com que os trabalhadores paguem novamente a conta da crise. A crise do capitalismo deita por terra a proclamação do capital, de que a contra-revolução de 1989-1991 seria definitiva e irreversível. Ela expressa e patenteia os limites desse sistema social e a necessidade de sua superação revolucionária. Sobre a questão da crise do capitalismo, os 65 partidos lançaram a Proclamação de São Paulo que aponta que o socialismo é a alternativa. Muitos partidos destacaram, como fato positivo, a crescente contestação à hegemonia norte-americana sobre o planeta, e que o mundo ingressa numa etapa de fortalecimento da luta antiimperialista, pela independência, desenvolvimento e progresso social dos povos e das nações. Nesse sentido, alguns Partidos destacaram a importância do surgimento de novas coalizões de países em desenvolvimentos, tais como, por exemplo, o IBAS, fórum trilateral que reúne Índia, Brasil e África do Sul e as reuniões regulares dos BRIC’s (Brasil, Rússia, Índia e China), como expressões de uma revigorada unidade sul-sul.
Para os Partidos Comunistas e Operários, a crise reforça a necessidade de pôr em primeiro plano a transição ao socialismo, e de intensificar a luta de idéias junto ao povo, num momento em que os limites do capitalismo vêm à luz.
Do Portal Vermelho

2 comentários:

Unknown disse...

O texto a seguir é a "cereja do bolo". Trata-se de uma das inúmeras mensagens que recebemos sobre o esquema de corrupção nas escolas estaduais de Araraquara, SP. História veeeelha e muito, muito suja! A mensagem é assinada e o conteúdo é público, pois a denunciante sofreu processo, no entanto preservamos seu nome, como sempre fazemos quando percebemos que a corda vai arrebentar do lado mais fraco.

Vamos lá:

O esquema consistia no seguinte: a verba chegava às escolas e a dirigente de ensino, Sandra Rossato, na certeza da impunidade, mandava pegar notas fiscais frias, fazer a prestação de contas e repassar uma quantia em dinheiro para ela. E ninguém denunciava. Eu sou diretora de escola afastada porque me cansei desse esquema, fiquei completamente exausta, comecei a falar "não" e quem falava "não" para ela ia para o cativeiro, ou seja, ficava afastado até à exoneração. Antes de mim dois foram exonerados pelos mesmos motivos, mas os dois fecharam o bico, não denunciaram.Quando me removi para uma outra escola, a dirigente e os supervisores acabaram com a minha reputação, mandaram os alunos fazer quebra-quebra e manifestações contra mim, juntaram-se aos professores que participavam do esquema e tinham regalias na escola, ou seja, não davam aulas, havia no período noturno alunos-fantasmas, classes inexistentes e mesmo assim recebiam por essas aulas. No papel era uma coisa e na real uma outra bem diferente. A escola estava completamente esvaziada e a assistente de planejamento era obrigada a fazer o quadro com informações montadas, fictícias. Houve um escândalo, abafado pela secretaria da educação, e a dirigente se aposentou como supervisora de ensino, respondendo hoje ao processo nº 95/2006 na 3ª unidade processante, mas ela possui forte proteção política e ameaça todos que se atrevem a atravessar seu caminho. Teve o envolvimento de um escritório de contabilidade que fornecia os talões de notas frias, uma funcionária desse escritório foi atropelada em um suposto acidente, ela estava de moto e o motorista fugiu. A funcionária, de apenas 24 anos, sabia demais e pagou com a morte.Outra funcionária está ameaçada de morte e tem muito medo.Lutamos agora para que a dirigente, com toda a sua influencia política, não saia isenta, livre, impune, que ela seja responsabilizada por seus atos pensados,muito bem planejados, pois durou 10 anos.O esquema é enorme, até a FDE é suspeita, pois só apurou 22 escolas e só diretores foram processados, nenhum supervisor, sendo que todos eram coniventes e paus mandados da dirigente. A FDE fez uma média e encerrou a apuração alegando dificuldades de checar todos os diretores de escola.Os supervisores de ensino sabiam do esquema e obedeciam à dirigente quando ela ordenava que desse cabo de um diretor, difamando-o na cidade como ladrão e corrupto, ordenando o fim da carreira e orquestrando sua exoneração.Muito dinheiro da educação foi para o bolso de muita gente, tem que ser devolvido e os culpados punidos. Não é possível que só prejudiquem os pequenos, os mais fracos, como sempre foi.

Qual o seu palpite para o fim dessa história?...

A propósito: algum paralelo com a EE Amadeu Amaral, outra escola "esvaziada" onde foi promovido um quebra-quebra?...

Unknown disse...

O texto a seguir é a "cereja do bolo". Trata-se de uma das inúmeras mensagens que recebemos sobre o esquema de corrupção nas escolas estaduais de Araraquara, SP. História veeeelha e muito, muito suja! A mensagem é assinada e o conteúdo é público, pois a denunciante sofreu processo, no entanto preservamos seu nome, como sempre fazemos quando percebemos que a corda vai arrebentar do lado mais fraco.

Vamos lá:

O esquema consistia no seguinte: a verba chegava às escolas e a dirigente de ensino, Sandra Rossato, na certeza da impunidade, mandava pegar notas fiscais frias, fazer a prestação de contas e repassar uma quantia em dinheiro para ela. E ninguém denunciava. Eu sou diretora de escola afastada porque me cansei desse esquema, fiquei completamente exausta, comecei a falar "não" e quem falava "não" para ela ia para o cativeiro, ou seja, ficava afastado até à exoneração. Antes de mim dois foram exonerados pelos mesmos motivos, mas os dois fecharam o bico, não denunciaram.Quando me removi para uma outra escola, a dirigente e os supervisores acabaram com a minha reputação, mandaram os alunos fazer quebra-quebra e manifestações contra mim, juntaram-se aos professores que participavam do esquema e tinham regalias na escola, ou seja, não davam aulas, havia no período noturno alunos-fantasmas, classes inexistentes e mesmo assim recebiam por essas aulas. No papel era uma coisa e na real uma outra bem diferente. A escola estava completamente esvaziada e a assistente de planejamento era obrigada a fazer o quadro com informações montadas, fictícias. Houve um escândalo, abafado pela secretaria da educação, e a dirigente se aposentou como supervisora de ensino, respondendo hoje ao processo nº 95/2006 na 3ª unidade processante, mas ela possui forte proteção política e ameaça todos que se atrevem a atravessar seu caminho. Teve o envolvimento de um escritório de contabilidade que fornecia os talões de notas frias, uma funcionária desse escritório foi atropelada em um suposto acidente, ela estava de moto e o motorista fugiu. A funcionária, de apenas 24 anos, sabia demais e pagou com a morte.Outra funcionária está ameaçada de morte e tem muito medo.Lutamos agora para que a dirigente, com toda a sua influencia política, não saia isenta, livre, impune, que ela seja responsabilizada por seus atos pensados,muito bem planejados, pois durou 10 anos.O esquema é enorme, até a FDE é suspeita, pois só apurou 22 escolas e só diretores foram processados, nenhum supervisor, sendo que todos eram coniventes e paus mandados da dirigente. A FDE fez uma média e encerrou a apuração alegando dificuldades de checar todos os diretores de escola.Os supervisores de ensino sabiam do esquema e obedeciam à dirigente quando ela ordenava que desse cabo de um diretor, difamando-o na cidade como ladrão e corrupto, ordenando o fim da carreira e orquestrando sua exoneração.Muito dinheiro da educação foi para o bolso de muita gente, tem que ser devolvido e os culpados punidos. Não é possível que só prejudiquem os pequenos, os mais fracos, como sempre foi.

Qual o seu palpite para o fim dessa história?...

A propósito: algum paralelo com a EE Amadeu Amaral, outra escola "esvaziada" onde foi promovido um quebra-quebra?...