Maior desafio: a luta em defesa do piso salarial



Educação e desenvolvimento precisam ser prioridades de forma concreta

Tecendo a manhã
João Cabral de Melo Neto

Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que amanha, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendo para todos, no toldo
(a manhã), que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, ele eleva por si: luz do balão.


sexta-feira, 22 de abril de 2011

Agora o piso salarial é vinculado aos vencimentos da carreira

De acordo com a votação do STF pela constitucionalidade do Piso Salarial Nacional, as gratificações ou vantagens não podem mais serem incluídas nos vencimentos. O Piso de R$ 1.187,97 agora é salário base. Mas este valor se destina à carga horária de 40 horas semanais. A carga horária do RN é de 30 horas, por isso o valor do Piso no Estado é proporcional. Segundo a CNTE, a referência máxima de 40 horas para a percepção do Piso, não impede que os Estados paguem o salário base de R$ 1187,97 para as cargas horárias de 20h, 25h e 30h. Resta ao magistério do Rio Grande do Norte lutar firmemente pelo piso legal, no mínimo.
A CNTE reivindica 1597,87 para o Piso do magistério. Esse é o mínimo que o magistério merece para ser valorizado. Segundo matéria publicada na Revista Nova Escola do mês de abril de 2011, os salários médios dos professores são inferiores aos de outras profissões do mesmo nível de formação.

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